sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Terminou em acarajé!!!!

Barraqueiros não poderão vender comida; baianas permanecem

Ao todo, 496 imóveis foram derrubados por terem sido contruídos de forma irregular



Bruno Menezes|Redação CORREIO Fonte: www.correio24horas.com.br
E na briga do rochedo com o mar, se salvou o acarajé e suas baianas, que garantiram o direito de continuar comercializando
o quitute nas praias de Salvador assim que a Justiça Federal homologar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), elaborado ontem por representantes dos governos municipal, estadual e federal.

No termo, que só entra em vigor se for validado pelo Ministério Público Federal (MPF) em audiência marcada para a próxima quarta-feira (8), os órgãos definiram como serão as estruturas temporárias que serão usadas pelos barraqueiros nas praias após a derrubada das antigas estruturas. Ao todo, 496 imóveis foram derrubados por terem sido contruídos de forma irregular.
As baianas serão as únicas que poderão fazer seus quitutes, declarados patrimônio nacional imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2005, na areia da praia. Os barraqueiros só poderão, caso seja aprovado o TAC, vender alimentos industrializados, prontos e aprovados pela Vigilância Sanitária.
Pelo projeto, a prefeitura vai comprar, com recursos do Ministério do Planejamento — o prefeito pediu R$ 3 milhões —, o material que será usado pelos barraqueiros. “O projeto contempla o toldo desmontável com estrutura de alumínio, 12 cadeiras dobráveis e quatro mesas de PVC, duas caixas térmicas e três sombreiros”, explica o secretário de Serviços Públicos, Fábio Mota. Serão 266 barracas nos 70 quilômetros de orla inspiradas no modelo usado nas praias do Rio de Janeiro.
100 METROS
A distância entre as barracas também deverá ser menor que o pensado inicialmente. “Queremos que elas fiquem numa distância de 100 metros e não 500 metros como pensado antes”, diz Fábio. Mais de 200 banheiros químicos e cabines químicas adaptadas com chuveiros também estão previstos.
Na reunião, que aconteceu no Palácio Toméde Souza, representantes da prefeitura, do governo estadual, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do Iphan e do Patrimônio da União concordaram com todos os termos do projeto
discutido.
O presidente da Associação dos Barraqueiros, Allan Rebelato, concordou com a proposta. “Não é o que esperávamos, mas temos que aceitar e recuperar um pouco da nossa dignidade. Pelo menos assim, estaremos trabalhando”, disse Rebelato, que chegou a sugerir na reunião que se formem sociedades entre os barraqueiros, já que o número de barracas temporárias será menor do que o de barraqueiros desempregados.
BAIANAS 
A presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similiares, Rita Santos, reclamou por não ter sido chamada para a reunião: “Não fomos chamadas para debater o assunto. Estive hoje (ontem) na prefeitura, vi barraqueiros e ninguém comentou comigo que estava acontecendo a reunião.
Nosso tabuleiro é montado e desmontado todos os dias e ainda temos que pagar sobretaxa pra barraqueiros. Na hora de discutir, somos excluídas”, reclamou. Rita entrou com pedido na 13ª Vara da Justiça Federal solicitando do juiz Carlos D'Ávila, que determinou a demolição das barracas, esclarecimento sobre a continuidade das baianas nas praias.

Ahhhh! é por isso que todas as baianas do acarajé estão rindo à toa!

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