quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Trair um parceiro é culpa do DNA? A ciência explica

O estudo associa o comportamento sexual a características genéticas


Quanto da nossa personalidade e comportamento são influenciados por nossos genes? Essa é uma questão que nos persegue. Um novo estudo realizado por pesquisadores americanos acaba de ser publicado na revista PlosOne (6 de dezembro), dessa vez  associando o comportamento sexual a características genéticas.

Trata-se de mais uma dessas pesquisas polêmicas. Sabemos que, por um lado, o comportamento sexual é muito variável entre indivíduos e populações. Por outro, que ele é central na teoria da evolução.

Segundo o estudo que acaba de ser publicado,variações em um gene específico – o receptor de dopamina D4 – estariam associadas a determinados comportamentos sexuais, principalmente promiscuidade e infidelidade. Será que isso vai ser usado como uma bela desculpa pelos famosos “puladores de cerca”?

O estudo foi feito com 181 jovens adultos

Os participantes (118 mulheres e 63 homens), com idades médias de 20 anos, foram recrutados em uma universidade americana. Ao mesmo tempo em que forneceram seu DNA para o estudo, eles responderam a um questionário totalmente confidencial sobre a sua atividade sexual. O questionário continha perguntas acerca de seu laços afetivos e comportamento sexual, incluindo perguntas sobre infidelidade, promiscuidade preferências e expectativas.

Quais seriam os possíveis mecanismos para associar esse gene a comportamento sexual?

Estudos anteriores sugerem que a neurotransmissão (via dopaminérgica) da dopamina no cérebro influencia a libido, o comportamento sexual e o “laço” entre casais. Dois hormônios, a oxitocina e vasopressina, atuam sobre a função dopaminérgica influenciando o comportamento monogâmico e a união entre casais. Outros estudos sugerem que genes que modulam a neurotransmissão da dopamina – como o gene receptor da dopamina D4 – estariam relacionados a características comportamentais como a busca de sensações novas (novelty seeking).

O gene receptor de dopamina D4

Esse gene apresenta uma região com um número variável (2 a 11) de repetições (em inglês VNTR – variable number of tandem repeats). Pessoas com um número maior de repetições (7 ou mais) teriam uma maior predisposição para buscar novas sensações e emoções. A hipótese dos autores é que essas pessoas também teriam uma tendência maior a ser sexualmente promíscuas e infiéis. Para testar essa hipótese, os pesquisadores analisaram as respostas dos questionários dividindo os jovens em dois grupos: 7+ (aqueles cujo gene teria 7 ou mais repetições) ou 7- ( menos de 7 repetições)

O que mostrou o estudo?

Entre indivíduos 7+, havia um número significantemente maior daqueles que relataram um comportamento promíscuo e infidelidade do que entre os 7-, corroborando com a hipótese dos pesquisadores. Outra conclusão interessante discutida pelos autores é que ser 7+ ou 7- poderia ser vantajoso ou não de acordo com o ambiente. Isto porque, por um lado, o genótipo 7+ permitiria uma maior fecundidade e variabilidade entre os descendentes. Por outro lado, em culturas onde predomina a monogamia e a fidelidade isso seria certamente uma desvantagem, principalmente no caso de mulheres, como acontece hoje no Irã, por exemplo.

Determinismo genético?

Ao ler esse trabalho já fiquei imaginando as possíveis repercussões. Os mais conservadores ou ciumentos poderiam até sugerir que esse teste genético fosse incluído nos exames pré-nupciais. Ou que poderia servir de bela desculpa para os eternos “puladores de cerca” justificarem-se junto aos seus parceiros: “Eu não tenho culpa, são meus genes”…

Mas os autores concluem que esses resultados precisam ser interpretados com muito cuidado, pois são probabilísticos e não deterministas. Que alívio! Na minha opinião, o grande furo do estudo foi incluir só pessoas jovens, sem compromissos matrimoniais estáveis.


Eu que pule a cerca e vá explicar para minha mulher que foi culpa das 3 letrinhas: DNA.
Logo ela me manda para as outras 3 letrinhas: UTI

Doença rara faz homens terem sintomas de gripe após o sexo

Tratamento é feito à base de injeções com o próprio sêmen do paciente

Febre, corrimento nasal, cansaço e ardência nos olhos. Pode até parecer uma gripe, mas não é. Esses são os sintomas de uma doença como síndrome pós-orgasmo (POIS, na sigla em inglês), que afeta alguns homens logo após a ejaculação. Após anos de estudo, cientistas holandeses descobriam que a doença deve ser causada por uma reação alérgica ao sêmen.
O distúrbio vem sendo documentado em revistas científicas desde 2002. Mas, só agora, a equipe do cientista Marcel Waldinger, professor de Farmacologia Sexual da Universidade de Ultrecht (Holanda), descobriu que a causa mais provável para a síndrome é uma alergia do homem ao próprio sêmen.
Os pesquisadores avaliaram 45 holandeses diagnosticados com a síndrome. Dentre eles, 33 concordaram se submeter a um teste de pele utilizando o próprio sêmen.
Os resultados mostraram que, do total de 33 homens, 29 (88%) apresentaram reação, o que indica uma resposta auto-imune ao problema – reação alérgica.
- Eles não se sentiam doentes enquanto se masturbavam. Mas, logo após a ejaculação, os sintomas apareceram em poucos minutos. Esses resultados são um avanço muito importante nas pesquisas sobre a síndrome.
Waldinger ressaltou ainda que a descoberta contradiz a antiga tese de que a doença poderia ter origem psicológica.
Apesar de a doença ser rara, Waldinger acredita que muitos pacientes com a síndrome não sabem que sofrem do problema. Uma das razões é que muitos deles se sentem envergonhados e confusos com a síndrome.
Segundo Waldinger, os sintomas da doença podem durar até uma semana.
Tratamento
Para descobrir um tratamento para a doença, Waldinger acompanhou dois pacientes submetidos à imunoterapia alergênica. Os voluntários receberam injeções contendo seu próprio sêmen, que era aplicado de forma cada vez mais diluída
Os resultados mostraram que, em um dos homens, os sintomas começaram a sumir após um ano de terapia. No outro, foram necessários três anos até surgir uma resposta do organismo.
- É um tratamento muito lento, usado para muitas alergias. Em alguns casos, os resultados só aparecem depois de cinco anos.
Após o sucesso da terapia, a equipe de Waldinger passou a tratar mais pacientes com a hipersensibilização. Fonte: Portal R7



Já tem uma turminha aí que tá tomando leitinho "in natura", por isso não tem gripe.
Pensando bem...conheço um pessoal que só anda falando que tem anos que não fica gripado...vou averiguar.