quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Doentes vão à Justiça por transplante de fígado


Doentes vão à Justiça por transplante de fígado

Até junho, fila de pacientes esperando doação contava com 4.770 pacientes
Pacientes que aguardam um transplante de fígado estão recorrendo à Justiça para ter direito ao órgão sem respeitar a lista de espera definida pelo Ministério da Saúde.

O fato é inédito no sistema atual de organização da fila, que desde 2006 leva em conta a gravidade do estado de saúde e pretendia também reduzir conflitos.

Antes da alteração, a lista seguia a ordem cronológica de inscrição do paciente e era comum doentes graves recorrerem ao Judiciário para não morrerem esperando.

Mário, Welligtânia e Khefren, beneficiados por ordens judiciais, são pacientes de um mesmo especialista de Pernambuco e foram transplantados sem alarde em 2008 depois que a Justiça aceitou o argumento de que suas doenças, também graves, não foram acolhidas pela nova regra.

A história dos três exemplifica um debate entre especialistas da área sobre a necessidade de aperfeiçoamento da regra e do risco de a Justiça interferir na fila, que até o primeiro semestre acumulava 4.770 pacientes, terceira maior entre os transplantes.

Para o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Valter Duro Garcia, que soube das ações judiciais pela reportagem, é hora de a comunidade de transplantadores de fígado buscar um consenso.

- A pior situação é ter de trabalhar por meio de liminares, pois muitas vezes elas beneficiam só quem tem posse, conhecimento. É o sistema mais injusto(...).
Pacientes que aguardam um transplante de fígado estão recorrendo à Justiça para ter direito ao órgão sem respeitar a lista de espera definida pelo Ministério da Saúde.

O fato é inédito no sistema atual de organização da fila, que desde 2006 leva em conta a gravidade do estado de saúde e pretendia também reduzir conflitos.

Antes da alteração, a lista seguia a ordem cronológica de inscrição do paciente e era comum doentes graves recorrerem ao Judiciário para não morrerem esperando.

Mário, Welligtânia e Khefren, beneficiados por ordens judiciais, são pacientes de um mesmo especialista de Pernambuco e foram transplantados sem alarde em 2008 depois que a Justiça aceitou o argumento de que suas doenças, também graves, não foram acolhidas pela nova regra.

A história dos três exemplifica um debate entre especialistas da área sobre a necessidade de aperfeiçoamento da regra e do risco de a Justiça interferir na fila, que até o primeiro semestre acumulava 4.770 pacientes, terceira maior entre os transplantes.

Para o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Valter Duro Garcia, que soube das ações judiciais pela reportagem, é hora de a comunidade de transplantadores de fígado buscar um consenso.

- A pior situação é ter de trabalhar por meio de liminares, pois muitas vezes elas beneficiam só quem tem posse, conhecimento. É o sistema mais injusto.
Em razão do volume de casos, o governo alterou em outubro a legislação de transplantes para permitir a descentralização da análise dos pedidos, até ali concentrados em Brasília. Também inseriu regras para os casos mais solicitados.

Hoje, a posição de cada paciente na fila é definida com base no resultado de um modelo matemático, o Meld [sigla para Model for End-Stage Liver Disease], que leva em conta resultados de três exames laboratoriais que expressam como estão determinadas funções do fígado. Para estar na lista, o doente deve ter pontuação de 6 a 40. Também existem situações especiais, como determinados tipos de câncer de fígado, que acrescentam pontos ao resultado, garantindo mais chance de transplante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e R7.

Lembrei desse cidadão no ato: Gerson 
 

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